Resolvi ir discretamente pra beira na praia e ver se encontrava algum conhecido pra me ajudar, mas aquela hora do começo da noite a praia já não tinha quase ninguém, muito menos algum conhecido.
Tentei achar alguma coisa pra me cobrir, algum saco de plástico ou algo parecido, mas nada, então comecei a trançar umas algas, mas não deu certo.
O desespero já se abatia sobre mim, já que com a maré secando ficaria ainda mais difícil eu sair por outro lugar.
Então esperei anoitecer ainda mais, fui um pouco mais pro lado de Impossible e sai pela bancada tentando chegar o mais rápido possível na beira do cliff pra achar uma rota de fuga ou algo que pudesse ser usado como uma tanga ou coisa parecida.
Eu já tava na beira do cliff pensando em escalar por qualquer lugar mesmo quando encontrei uns plásticos.
Juntei alguns, fiz a tanga, e embora pequena e ridícula, pelo menos tapava o essencial.
Então respirei fundo, usei a prancha como um escudo protetor e fui andando como se nada tivesse acontecido.
Na rua eu acelerei o passo e algumas pessoas passavam por mim com uma cara meio desconfiada, mas aí eu já tava perto e não tava mais nem aí.
Finalmente cheguei ao Padang Inn e ao meu quarto sem ser preso nem chamado de tarado.
Estava salvo!
Bom, que esse relato constrangedor sirva de lição.
Em mar nervoso use um calção que feche de maneira apropriada e segura, pra não perder nem ele nem a vergonha na cara.